A IRI Brasil, Colômbia, Peru e Indonésia participaram da COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Os coordenadores das três iniciativas participaram de debates para abordar o trabalho desenvolvido com as comunidades religiosas sobre mudanças climáticas, preservação florestal e defesa dos direitos dos povos indígenas.
Diferente das outras Conferências do Clima, a ONU inaugurou, de forma inédita, o Pavilhão da Fé, servindo como centro de colaboração e engajamento inter-religioso. O espaço teve como objetivo estimular ações climáticas eficazes e ambiciosas, reunindo lideranças e comunidades religiosas de todo o mundo.
Além dos diálogos inter-religiosos envolvendo todos os países globais, a IRI Brasil realizou dois eventos com o filme “Amazônia Viva” 4D durante os dias de atividade da COP 28.
O primeiro, em 9 de dezembro, marcou o lançamento oficial do filme no Pavilhão da UNEP. Agora, o público pode sentir, durante a experiência imersiva, os odores da floresta amazônica durante a viagem de 10 minutos, graças à tecnologia do cheiro digital, tornando a experiência ainda mais real.
Esse projeto inédito no mundo foi possível com o apoio da Noar, uma startup brasileira de tecnologia e inovação que decidiu apoiar a IRI Brasil, desenvolvendo os cheiros digitais da floresta. Vale ressaltar que a definição dos cheiros exibidos na versão 4D foi feita pela cacica Raquel Tupinambá, protagonista do filme.
O lançamento do filme contou com a presença de lideranças indígenas, como o cacique Almir Suruí e a cacica Raquel Tupinambá, além de importantes figuras do movimento socioambiental, como Gabriel Labatte, chefe da Unidade de Mitigação Climática do PNUMA, e Charles McNeill, assessor sênior da UNEP.
Já em 11 de fevereiro, a IRI Brasil encerrou a programação oficial do Pavilhão do Brasil com a exibição do filme, com a participação de Mayara Lima, Coordenadora de Comunicação da IRI Brasil, Raquel Tupinambá, protagonista do filme, Claudia Galvão, CEO da NoAr, e Charles McNeill, assessor sênior da UNEP.
“Vivenciamos na minha região uma seca intensa, onde não conseguíamos tomar banho no rio devido à grande quantidade de lama. Algo que quase nunca acontecia, agora tem ocorrido de forma recorrente. Estamos enfrentando e sentindo nos nossos corpos essa questão da emergência climática, também muito fruto dos desmatamentos”, disse Raquel.
O filme “Amazônia Viva” foi criado como ferramenta de sensibilização e mobilização da população sobre a defesa da Amazônia, dos direitos dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, além da luta contra as mudanças climáticas.
Apesar do Brasil ser o país com a maior quantidade de floresta Amazônica (60%), mais de 80% da população brasileira vive nas cidades, perdendo assim sua ligação com a floresta. Para a IRI Brasil, a nova versão do filme 4D busca criar uma imersão ainda maior, transmitindo não apenas imagens e mensagens, mas também os aromas da floresta. Por meio da emoção e do sentir, despertamos ainda mais as pessoas sobre a importância do tema.
“Meu desejo era que a experiência 3D fosse maior do que já era, porque já era enorme. Imaginei, então, se pudéssemos colocar algo ‘vivo’ na experiência, a Amazônia poderia ficar viva na experiência de vocês. Seria uma experiência única, pois os cheiros da Amazônia afetam as pessoas de maneira diferente, conforme suas experiências”, comentou Claudia Galvão, CEO da NoAr, startup brasileira responsável pela criação da tecnologia do cheiro digital com patente mundial.
Com 10 minutos de duração, o filme é uma experiência imersiva pela região do Rio Tapajós, utilizando filmagens em 360° para desvendar um dos lugares mais importantes do planeta e, assim, aproximar a Amazônia cada vez mais das pessoas. O filme é um projeto da Iniciativa Inter-religiosas pelas Florestas Tropicais, com roteiro e direção do cineasta Estevão Ciavatta, da Pindorama Filmes, e financiamento do Instituto Clima e Sociedade – iCS e da Conservação Internacional Brasil – CI Brasil. Desde o lançamento na formato 3D em novembro de 2022, “Amazonia Viva” já foi exibido para mais de 40 mil pessoas no Brasil e exterior.
A IRI Brasil agradece aos parceiros, incluindo o Instituto Clima e Sociedade (ICS), Conservação Internacional Brasil, One Small Planet, Grounded, Little Tree House e Instituto Yorenka Tasorentsi, por tornarem possível sua participação ativa na COP 28