Grupo de líderes religiosos ligados à Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil realizou um ato contra o Pacote da Destruição Ambiental durante a plenária dos movimentos sociais, em abril, do Acampamento Terra Livre.
Lideranças religiosas brasileiras, oriundas de várias tradições espirituais, integrantes do Conselho da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais do Brasil, participaram no dia 14/04, de um ato de solidariedade aos povos indígenas, no Acampamento Terra Livre. Os líderes religiosos foram recebidos por lideranças indígenas no palco central do acampamento.
Participaram do ato com mensagens a favor da luta dos povos indígenas e da proteção das florestas, as seguintes lideranças religiosas: Pastora Romi Bencke, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Padre Marcus Barbosa, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Pastor Maruilson Souza, da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB), Sonia Guajajara, Coordenadora Executiva da Articulação dos povos indígenas do Brasil (APIB), Flávio Conrado, de Religiões Pela Paz Brasil e Aliança de Batistas do Brasil, Mãe Baiana do Acarajé, membra do Conselho Distrital de Diversidade Religiosa, Natália Gedanken, Associação Cultural Israelita de Brasília (ACIB), representando a Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Fernando de La Rocque, antropólogo e fundador do Centro Eclético da Fluente Luz Universal Alfredo Gregório de Melo (CEFLAG), que segue a doutrina espiritual do Santo Daime, e Monje Sato do Budismo.
Durante a cerimônia, foi lido a Carta Aberta contra o conjunto de Projetos de Leis conhecido como Pacote da Destruição Ambiental, especialmente contra o Projeto de Lei 191/2020, que libera a mineração, o garimpo e outros grandes empreendimentos em terras indígenas.
Um ato simbólico marcou o encerramento onde cada liderança religiosa e representantes indígenas colocaram um pouco de terra em um vaso e juntos plantaram uma muda de Pau-Brasil. A ação teve como significado a união de todos pela restauração ecológica da terra brasileira e pela defesa dos direitos constitucionais dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outras comunidades que vivem e cuidam das florestas e do nosso meio ambiente em geral.
